Vi esse post outro dia no Facebook e ela realmente me tocou pois pensei nos imensos silêncios existentes em todos os tipos de relacionamentos, sejam eles amorosos, profissionais, sociais…

Acredito que os sentimentos que não expressamos vão parar numa enorme pilha empoeirada de outros presentes que a vida nos deu e que não foram abertos por receio de desfazer o laço e estragar a embalagem.

Todos os sentimentos devem ser bem vindos pois revelam a mais pura verdade sobre nós mesmos.  Mas é quando são expressados que atingem seu objetivo maior de guiar nosso coração e nossa vida na direção daquilo que nos faz mais feliz. Não apenas os sentimentos considerados “bons” como amor, paixão, desejo, alegria, carinho… mas ainda mais os de decepção, tristeza, angústia, mágoa, amargura, medo… pois esses demonstram que seu espaço sagrado interior foi invadido por desrespeito, agressividade, injustiça, traição, dúvida, intriga, preocupação… ou ainda, por ilusões e fantasias que sua mente (ou alguém) criou para te afastar e proteger da possibilidade de se machucar de novo ou te afastar de outra pessoa.

Quando sofremos uma grande decepção ou dor no passado todos os nossos instintos passam a tentar nos proteger de repetições e vem o perigoso estado da “mente vitimada” que passa a projetar e imaginar ações externas e dos outros que confirmem as suspeitas e deem sentido ao medo, mas que muitas vezes podem não passar de apenas “sombras” como num quarto escuro onde, por exemplo, uma blusa jogada sobre um lustre vira a sombra de um monstro na parede aos olhos do amedrontado.

Em todos os casos expressar claramente o sentimento através de uma honesta conversa “olho no olho”, repleta de respeito e compreensão, é a melhor de todas as manifestações pois tudo o que não explode ou não flui naturalmente… uma hora implode causando doenças físicas, psíquicas e emocionais.

Se sente amor ou paixão manifeste, independente das convenções. Se sente carinho e amizade, abrace. Se sente alegria, ria livremente. Se sente tristeza, transborde em lágrimas. Se sente dúvida, pergunte. Se sente medo, acenda a luz da verdade e não se deixe horrorizar ou recuar por fantasmas imaginários.

Não olhe para a sombra na parede… olhe para a pessoa! A vida é curta demais e temos o direito e o dever de vivê-la o mais intensamente possível.

Abra seus presentes. Manifeste seus sentimentos. Seja verdadeiro antes de tudo com você mesmo.

Quem sabe as surpresas e alegrias que a vida te reserva?

Beijokas,

Andreia Berté

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